terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Perguntas?

"A cada instante, uma esfinge e um novo enigma. Quantos mistérios indecifráveis do universo, durante nossa insignificante passagem pelo mundo, podemos acumular? Quem? Quando? Como? Por quê? O quê? Se realmente são as perguntas e suas infindas interrogações que movem o mundo, qual será nosso propósito? Viver pra perguntar, viver pra responder, viver? Viver de quê? Muito mais perguntas que repostas. Enfim, uma afirmativa. E que caiba num canto da carteira ou na bolsa, escolha onde colocá-la, quem puder. Só mais uma certeza, para finalizar: Morte! Até que ela nos separe de nossas dúbias dúvidas."

(Palhaço Peruquinha)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Um pouco de ócio, um pouco de ópio

Olá, minha nova amiga.
O que há pra hoje?
Mais desta monótona filosofia
Ou da interminável rotina do dia-a-dia?
A busca por um limiar agradável entre o ócio e o ópio.
Um pouco de cada e alucina-se lucidamente.
E do que mais precisa?
Uma boa companhia
Ou um pouco mais de adrenalina?
Do passado, certo ou errado,
Vem o futuro, sempre incerto.
Decisões eternas tomadas em passageiros momentos moldam o rumo de sua vida.
E como se sentiu ao escolher?
Como nos tempos de agonia
Ou como nos marcantes sorrisos de simpatia?
Evolução é reflexo do saber e do viver.
Sem um, não há o outro.
Então por que deveriam existir
Se o saber sangra a vivência que floresce a vida?

sábado, 4 de junho de 2011

Grito

Amor por realidade
O oposto do mundo
O que dói traz um triste prazer
Todos dormem e eu sinto as dores

Palavras cheias de descontentamentos
O mundo evapora
Sofrimento mudo inunda o quarto
Noites claras em minha mente
Tudo se espalha como nuvens
Você nunca entenderá.

Penso que não existe um lar por aqui
Palavras e gestos ardem no vento
Tudo se aproxima como nuvens ácidas
Queimam o grito de desespero
O grito de amor
O grito de silêncio.

domingo, 31 de outubro de 2010

Quem tomará o último gole?

Quem tomará o último gole? Perguntavam-se bêbados, ajoelhados no asfalto. O mundo não era maior que aquela rua, havia apenas três pessoas. // Ficou para ver a podridão, a mentira. O segundo morreu, só sobrou um. Debruçado sobre o túmulo, serviu-se. Acendeu um cigarro. Procurou um sentido, uma saída, encontrou a própria morte. // Sentado em seu escritório, gravata afrouxada. Sem desejos, crenças, amigos ou família. Câncer generalizado. A fotografia sobre a mesa o obriga a lembrar do passado. A dor já não é mais suportável. Coma. // Olhou para a sua vida, encontrou o sentido, não havia mais saída. Alucinação... Ele sorri sabendo que é a última. Fecha os olhos e não os abre mais.